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Lusíadas
Lusíadas

Índice

Introdução/ estrutura/ planos 3

  Planos/ Proposição d’ Os Lusíadas – O Herói/ Resumo da obra, cantos I, II e III 4

    Resumo da obra, cantos IV, V, VI, VII e VIII 5

       Resumo da obra, cantos IX e X/ Reflexões do poeta 6

Introdução

Os lusíadas mostram a história do povo que teve a ousadia da aventura marítima e a intenção em exaltar os heróis que contribuíram a alargaram o Império. Os navegantes, com destaque para Vasco da Gama, ultrapassam a individualidade do herói colectivo (povo), e são símbolos do heroísmo lusíada, do seu espírito de aventura e da capacidade de vivência cosmopolita.

Exprime a passagem do desconhecido para o conhecido, da realidade do Velho Continente e dos seus mitos indefinidos para novas realidades de um mundo a descobrir.

Ao contrário dos épicos anteriores, Camões escolheu um herói colectivo, procurando que a sua epopeia anunciasse a história de todo um povo, afirmando que os navegantes, que chegaram à Índia, e todos os heróis lusíadas merecem a mitificação, nega a existência de deuses, dizendo que estes são criação do homem para tentar justificar o que lhe parece difícil de explicar.

Estrutura

Interna

 

  • Proposição;
  • Invocação;
  • Dedicatória;
  • Narração.

 

 

Externa

 

  • Forma Narrativa;
  • Versos decessilábicos;
  • Rimas com esquema abababcc (rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos);
  • Estâncias - oitavas;
  • Poema dividido em 10 cantos.

 

 

 

Planos

Plano da Viagem

            A narração dos acontecimentos ocorridos durante a viagem realizada entre Lisboa e Calecut

Plano da História de Portugal

          Relato dos factos marcantes da História de Portugal

Plano da Mitologia

          A mitologia permite e favorece a evolução da acção (os deuses assumem-se, uns como adjuvantes, outros como oponentes dos Portugueses) e constitui, por isso, a intriga da obra

Plano do Poeta

            Considerações e opiniões do autor expressos, nomeadamente, no início e no fim dos cantos.

Proposição d’ Os Lusíadas – O Herói

          Na “Proposição”, o poeta apresenta aqueles que serão os protagonistas da sua epopeia, Assim, o herói individual d’ Os Lusíadas é Vasco da Gama, comandante da armada que realiza a viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia. Contudo, Vasco da Gama é paradigma de todo o povo português, já que Camões propõe elogiar todos os navegadores, reis que dilataram a fé, conquistando territórios em África e na Ásia e todos os que imortalizaram, ficando na memória dos homens pelos seus feitos grandiosos. Também o título aponta para esta colectividade: canta-se um herói colectivo, que é o povo português, o qual se destacou pelo esforço e pela coragem que superaram todos os heróis da antiguidade.

Resumo da obra

  • C A N T O  I 

O poeta anuncia que cantará os feitos lusitanos, suas navegações e descobertas, invocando as ninfas (= divindades) do rio Tejo (= Tágides) para que lhe deem inspiração.
            A narrativa tem início com o concílio dos deu-ses no Olimpo. Eles discutem sobre a ousadia dos portugueses de navegar em mares nunca antes navegados. Devem favorecê-los ou impedilos? JÚPITER é favorável; BACO, contrário. Também são a favor MARTE e VÊNUS. Derrotado na assembleia divina, BACO põe em ação sua hostilidade contra os lusos, procurando impedilos de chegarem à Índia.

  • C A N T O  II

Chegada de Vasco da Gama e sua tripulação a MOMBAÇA, na África, onde enfrentam as hostilidades de BACO, que se associa aos mouros. Os navega-dores seriam sacrificados se aceitassem o convite do rei para que desembarcassem. VÊNUS os salva. JÚ-
PITER profetiza gloriosos feitos portugueses no Oriente e envia MERCÚRIO, mensageiro dos deuses, a MELINDE, África, a fim de predispor os habitantes locais a receberem bem os portugueses. O rei de ME-LINDE pede a Vasco da Gama que lhe conte a história de Portugal.

  • C A N T O  III

O poeta invoca CALÍOPE, musa, divindade ins-piradora da poesia. Vasco da Gama inicia sua nar-ração, focalizando primeiro a geografia e, depois, a história de Portugal, dando destaque a várias batalhas travadas pelos portugueses, principalmente contra os mouros. Narra, também, o episódio da morte de Inês de Castro, aquela “que depois de ser morta foi Rainha”.

  • C A N T O  IV 

Prossegue a narração de Vasco da Gama, em que se contam os feitos de Nuno Álvares Pereira, ilustre guerreiro português; as batalhas contra os castelhanos, as batalhas na África, o reinado de D. Manuel e seu sonho de chegar à Índia, a partida dos portugueses para o Oriente. No momento da partida, ocorre o episódio do Velho do Restelo que censura a ambição de conquistas e o desejo de glória dos portugueses: “Ó glória de mandar, ó vã cobiça / Desta vaidade, a quem chamamos Fama! / Ó fraudulento gosto, que se atiça / Cua aura popular, que honra se chama!”

  • C A N T O  V

Vasco da Gama narra a partida da expedição e a viagem até MELINDE. Nesse trajeto, os portugueses enfrentam tempestades, tromba marinha, chegam ao CABO DAS TORMENTAS, no Sul da África, morada do GIGANTE ADAMASTOR. Perdem-se muitas vidas, víti-mas do escorbuto. Vasco da Gama elogia a firmeza e a coragem dos portugueses.   

  • C A N T O  VI

Festa para os portugueses em MELINDE e parti-da para CALICUTE, na Índia. Novas tramas de BACO, que se associa a NETUNO, deus do mar, e às ondas e aos ventos de seu reino. Para distrair a população, narram-se outros episódios da história de Portugal. Os navegantes enfrentam nova tempestade preparada por BACO, mas VÊNUS intervém e aplaca o furor dos ventos. Chegada a CALICUTE. Vasco da Gama dá graças pelo êxito e elogia a verdadeira glória, que é a dos que enfrentam “trabalhos graves e temores”, “tempestades e ondas cruas.”

  • C A N T O  VII

Na Índia, Vasco da Gama elogia Portugal e os portugueses. Os navegantes encontram-se com o mouro Monçaide, que descreve a Índia. São recebidos pelo Samorim (rei) e pelo Catual (intendente de negócios com os estrangeiros). Trocam-se gentilezas e informações. Na sequência, o poeta invoca novamente as musas para inspirar-se e prosseguir cantando.   

  • C A N T O  VIII

Paulo da Gama, irmão de Vasco da Gama, nar-ra ao Catual a história de alguns heróis portugue-ses. BACO insiste na perseguição, instigando em sonhos os chefes indianos. Ocorrem hostilidades e Vasco da Gama é retido em terra. É libertado graças ao “poder corruptor do vil metal”.

  • C A N T O  IX

Portugueses que haviam desembarcado para negociar são detidos em terra, o que retarda a partida da frota. Depois de mostrar firmeza, astúcia e coragem em suas negociações com os indianos, Vasco da Gama consegue libertar os marinheiros presos. As naus preparam-se para voltar à pátria.
            Vênus decide premiar os heróis lusitanos com prazeres divinos, fazendoos aportar na ILHA DOS AMORES, onde eles desfrutam da sensualidade das ninfas, divindades dos bosques e dos rios. É a parte erótica do poema.

  • C A N T O  X 

Na ILHA DOS AMORES, TÉTIS, deusa do mar, oferece um banquete aos marinheiros. Uma das ninfas narra os feitos heroicos dos portugueses.      O poeta invoca mais uma vez a musa CALÍOPE, para seguir cantando e concluir seu poema. TÉTIS mostra a Vasco da Gama a MÁQUINA DO MUNDO, uma miniatura do mundo, como o viu Ptolomeu, astrônomo grego do século II a C. Em seguida, os navegantes partem e regressam a Portugal.
            No final, o poeta mostrase desencantado e pessimista com o futuro da pátria e diz: “No mais, Musa, no mais, que a lira tenho / Destemperada e a voz enrouquecida, / E não do canto, mas de ver que venho / Cantar a gente surda e endurecida”.

Reflexões do Poeta

            Nos planos narrativos desta Epopeia, encontramos um plano que se diz respeito às chamadas considerações pessoais do poeta. Estas reflexões surgem ao longo da Narração, normalmente no final de cada canto. Nestas estrofes, o poeta apresenta a sua perspectiva em relação ao império português, que perdia o seu brilho e aos valores dominantes do país.

Por um lado, refere os “grandes e gravíssimos perigos”, a tormenta e dano do mar, a guerra e o engano em terra; por outro lado, faz a apologia da expansão territorial para divulgar a fé cristã, manifesta o seu patriotismo e exorta D. Sebastião a dar continuidade à obra grandiosa do povo português.

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